Todas as árvores a sua presença,
Ordenando-lhes que pedissem alguma graça
Que lhes seria concedida.
Todas, por sua vez, foram pedindo:
Vigorosidade, beleza, frutos saborosos...
Chegada a vez do umbu, disse este:
Quero a mais ampla e mais densa de todas as sombras;
Quero ser o amigo dos caminhantes,
O símbolo da hospitalidade...
E que minha carne seja esponjosa e frágil
Para que se quebre à menor violência.
Por quê? Perguntou Deus, se todas querem ser fortes...
Não desejo, Senhor, que meus galhos e meu tronco
Possam servir, um dia, para crucificar um Justo.
Cf. Barbosa Lessa
Colaboração: Prof. Telmo Lauro Müller
Nenhum comentário:
Postar um comentário