Esta música, há pelo menos uns vinte anos, foi uma das que me fez me apaixonar pela música gaúcha e suas tradições.
Entrando no M'Bororé
Grupo Quero-Quero
Autores: José Sampaio e Elton Saldanha
Lá vem o Vitor solito entrando no M'bororé
E o cusco brazino ao tranco na sombra do pangaré
Chapéu grande lenço negro jeitão calmo de quem chega
Na tarde em tons de aquarela lembra um quadro do Berega
O flete troteando alerta culpa e se nega pra os lados
E uma perdiz se degola no último fio do alambrado
Apeia na cruz da estrada e o seu olhar se enfumaça
Saca o sombreiro em silêncio por respeito à sua raça
Lá vem o Rio Grande à cavalo entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo que bonito que ele é
Lá vem o Rio Grande à cavalo entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo que bonito que ele é
E
Procura a volta do pingo, e alça o corpo sem receio
Enquanto uma borboleta, senta na perna do freio
Inté interte o cristão, que se cruza campo a fora
Mirar a garça matreira, no seu pala cor de aurora
Pois lá no rancho de leiva, que ele ergueu com seu suor
Fica um sonho por metade, de quem vive sem amor
Num suave bater de asas, cruza um bando sem alarde
E as garças e o Vítor somem, lá na lonjura da tarde
Lá vem o Rio Grande à cavalo entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo que bonito que ele é
Lá vem o Rio Grande à cavalo entrando no M'bororé
Lá vem o Rio Grande à cavalo que bonito que ele é